sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Morder, empurrar, bater arranhar: quando devo me preocupar

Mordedores e Empurradores
É uma queixa muito comum a ocorrência de mordidas e empurrões nas escolas de educação infantil. Muitas crianças mordem e muitas outras são vítimas das mordidas. Algumas crianças chegam a se machucar com certa gravidade devido às mordidas e aos empurrões, pois ao serem empurradas facilmente perdem o equilíbrio e podem sofrer quedas consideráveis. Também ao serem mordidas, podem sofrer ferimentos mais ou menos graves. Isso ocorre porque o mordedor não tem controle sobre a força de sua mordida, não sabe quando parar, apenas morde, gosta e continua mordendo. E isso se torna um problema na medida em que a criança mordida sofre, e os pais de ambos os lados, sentem-se mal e constrangidos com a situação que envolve também os professores e a escola.
Mas por que, afinal, as crianças mordem, empurram, batem, arranham?
Pense na seguinte situação: você pega seu bebê pelos braços, faz cócegas nele e dá pequenas mordidinhas em suas pernas e em seus bracinhos gorduchinhos. Ele ri, gosta e você continua. Dá beijinhos, faz barulhos engraçados encostando sua boca na barriga dele e assoprando e ele dá gargalhadas. Você brinca de morder suas mãozinhas, as vezes você verbaliza brincando “eu vou morder sua bochecha!”. Você dá tapinhas em seu bumbum, faz cócegas, dá beliscões de levinho, empurra suas perninhas, faz com que seu corpo se movimente de maneira desajeitada. E ele gosta!
Nesse tipo de brincadeira, a criança está aprendendo que o uso da boca e do corpo pode ser uma coisa prazerosa. Ela gosta quando os pais mordiscam, beijam, fazem barulhinhos engraçados com os lábios, cutucam, fazem cócegas e então começa a querer testar isso também. É um comportamento que também é aprendido.
Na faixa etária entre 2 ou 3 anos as crianças começam a explorar o mundo pela boca: gosto, textura, sons, sucção, lambidas, tudo, absolutamente tudo é levado até a boca para ser reconhecido. É o que Freud chamou de Fase Oral. Dessa forma, tudo aquilo que se aproxima da criança será lambido, sugado, mastigado, etc.
É muito comum você ver seu filho pequeno colocando as coisas na boca, lambendo, chupando, tanto que é nessa mesma fase em que os pais tem cuidado redobrado com as crianças impedindo que elas engulam objetos pequenos ou corram algum perigo colocando substâncias perigosas na boca. Sabe aquela classificação etária que existe nos brinquedos, dizendo que é aconselhável para crianças até 3 anos ou desaconselhável para crianças menores de 3 anos? Ela existe justamente porque é nessa fase que a criança explora o mundo pela boca, e é exatamente dessa maneira que ela também vai expressar suas emoções, seus sentimentos, suas frustrações e sua agressividade, bem como seu prazer. Ou seja, a criança até 3 anos de idade não consegue se expressar verbalmente. Ela ainda não desenvolveu completamente a linguagem, não tem vocabulário e compreensão suficientes para falar a respeito do que sente ou do que quer. Sendo assim, a única maneira que a criança encontra de se expressar é oralmente, ou seja, pela boca. Tanto é que se você prestar atenção numa sala de aula dos pequenos, eles estão constantemente se beijando, se lambendo, e a mordida também faz parte desse momento do desenvolvimento infantil.
Porém, embora seja uma coisa normal para a idade, não significa que os pais ou os professores não devam repreende-la. Pelo contrário, a criança precisa aprender que a mordida não é uma forma aceitável de comunicar suas frustrações, sua raiva, seus desejos e seu prazer. Ela deve compreender que fazer isso machuca outra criança, que não é bom, que não é aceitável.
Da mesma forma, os empurrões fazem parte do cotidiano da criança. Como já disse no começo, a criança aprende com os pais que o toque pode ser prazeroso e nesse estágio a criança não está preocupada com o prazer alheio e sim apenas com o seu prazer, mesmo que isso cause dor ao coleguinha. Isso ocorre porque nessa fase, para a criança não existe nada além dela. Tudo deve girar ao redor dela e para ela. E sendo assim, nada de dividir. O que mais ouvimos é a frase “é meu!”. Como ela não consegue se expressar verbalmente, se a criança se sentir incomodada de alguma maneira, impedida de fazer aquilo que deseja (pegar um brinquedo, por exemplo), ela vai usar dos métodos que dispõe, o que significa empurrar, morder, bater.
Muitas vezes a criança mordedora escolhe um amiguinho em especial para morder e morde aquela criança repetidamente. Isso pode ter vários motivos: pode ser por ciúmes, pode ser raiva, ou até mesmo pode ser que aquela criança tenha um gosto melhor do que as outras, ela pode ser mais fofinha e com isso proporcionar mais prazer ao mordedor. Não se espante com isso, porque como já disse, a lógica da criança nessa idade é diferente da dos adultos. Sendo assim, redobre a atenção em sala de aula.
Algumas mudanças no cotidiano da criança também podem leva-la a morder. Gravidez da mãe, separação dos pais, gravidez da professora, perda de ente querido, situações de stress, enfim, embora não saibam expressar o que sentem, as crianças sentem e precisam encontrar uma maneira de expressar seus sentimentos.
Mas como fazer para demonstrar à criança que ela não deve fazer isso?

O que fazer?
Tente conversar com a criança olhando olho no olho, com voz firme mas sem ser agressivo, numa linguagem que ela possa compreender. Diga a ela que aquilo não pode acontecer. Pergunte por que ela bateu, provavelmente ela vai expressar de alguma maneira o porquê de ter agido daquela maneira. Se ela mordeu porque queria o brinquedo do colega, diga a ela que da próxima vez peça o brinquedo. Provavelmente você precisará fazer isso inúmeras vezes, mas nunca desista.
Uma outra coisa importante também é não deixar a criança ociosa por muito tempo. Caso esteja num momento onde as atividades tenham se encerrado, por exemplo, aguardando para ir ao lanche ou para ir embora, fique de olho na criança que morde e esteja alerta, porque provavelmente quando estiver ociosa ela vai procurar algo para fazer e esse algo quase que certamente, será morder um amiguinho.
Nunca bata na boca da criança quando ela morder, nunca bata na mão da criança quando ela empurrar. Não fale com agressividade, não grite porque além da agressão desnecessária, você só estará reforçando o comportamento indesejável, já que a criança entenderá que mesmo errando, ela terá toda a sua atenção e isso poderá fazer com que ela repita o comportamento indesejável sempre que quiser você por perto.
Você poderá coloca-la de castigo, um minuto para cada ano da idade dela, se achar necessário, se a mordida for muito grave ou se todas as outras tentativas já tiverem sido frustradas. Mas não se esqueça que o castigo deve ser compatível com a idade da criança. Se for deixa-la no cantinho do pensamento, por exemplo, nunca exceda o tempo de 3 minutos. Um minuto para cada ano da criança. E explique a ela por que ela está de castigo.
Se ela morder um amiguinho por causa de um brinquedo, não deixe que ela fique com esse brinquedo após a mordida. Ela não pode ser recompensada pela atitude errada, caso contrário, ela entenderá que basta morder para conseguir o que deseja e então esse comportamento só vai piorar.
Não grite com a criança. Gritar não educa e só torna a criança mais agressiva. Converse com firmeza, explique o erro mas não se esqueça nunca de que ali está uma criança que está agindo por impulso e não por maldade.
Não isole a criança. Ao contrário disso, tente integra-la o máximo possível nas brincadeiras, deixando-a o menos ociosa possível, para que ela perceba que pode ter outros tipos de comportamentos prazerosos e aceitáveis.

Resumindo
As crianças na faixa etária entre 2 e 3 anos passam, basicamente, por 3 situações: fase oral, fase egoísta ou narcísica e limitação na linguagem. Dessa forma, a maneira que encontram para expressar desejos, frustrações, raiva, inveja, ciúmes e também para reconhecerem o mundo ao seu redor é morder, empurrar, arranhar, ou bater. Geralmente essas manifestações são reflexo de sentimentos negativos como raiva, frustração, ciúmes, mas a mordida pode ser também uma manifestação de prazer da criança, pois morder uma outra criança fofinha e cheirosa pode ser realmente gostoso.
Algumas crianças são eleitas para serem mordidas por sua atitude passiva frente à situação ou devido a alguma recompensa que a criança mordedora tenha conseguido após o ocorrido, como por exemplo:

1.A criança mordeu o amiguinho para pegar o brinquedo. O amiguinho mordido saiu da sala e a criança mordedora ficou com o brinquedo. A criança entende que toda vez que morder aquele amiguinho, vai conseguir o que desejar.

2. A criança mordedora queria a atenção da professora que, naquele momento estava voltada para outra criança. Ao ser mordida, essa criança sai da sala e a professora volta sua atenção ao mordedor que, mesmo levando uma bronca, conseguiu a professora de volta para si. Pode ser que todas as vezes que a criança que foi mordida se aproximar da professora, o mordedor vai morde-la novamente para conseguir a atenção da professora.

3. Uma criança que morde, bate, empurra com frequência e que deixa de ser contrariada pela professora para evitar esse tipo de atitude, acaba tendo todas as suas vontades satisfeitas. Com isso aprendeu que agredir é a melhor maneira de conquistar o que deseja e vai repetir essa atitude constantemente.

Embora os exemplos dados aqui tenham sido referentes à sala de aula, são válidos para qualquer situação onde existam grupos de crianças na faixa etária entre 2 e 3 anos reunidas.

Quando há algo realmente errado?
Devemos começar a nos preocupar realmente quando a criança tem mais de 4 anos de idade e continua tendo as mesmas atitudes agressivas (morder, empurrar, arranhar, etc.). Após os 4 anos de idade a criança passa a ter vocabulário suficiente para se expressar e seus interesses também mudam. Ela passa a socializar com mais facilidade, pois começa a reconhecer o outro além dela. Portanto, se uma criança com mais de 4 anos continua tendo atitudes muito agressivas, é hora de procurar ajuda para entender o que está errado.

Evite desgastes desnecessários
Já vi muitos pais terem brigas feias por conta das situações de brigas entre as crianças. Isso não é uma boa maneira de resolver a situação. Compreender o desenvolvimento da criança, suas limitações e suas reações frente às mais diversas situações é a melhor maneira de começar a resolver as coisas.
Se o seu filho tem sido mordido, procure a direção da escola, converse com a coordenação, com a professora, tentem encontrar uma solução em conjunto. Se, por outro lado, seu filho tem mordido outras crianças, é preciso que você converse com ele constantemente a respeito do acontecido, mostrando que essa atitude não é boa de uma maneira que ele compreenda. Não se esqueça que o vocabulário da criança nessa idade é limitado, portanto fale com ele como se você também fosse uma criança, diga “faz dodói no amiguinho”, “o amiguinho chora”, “a mamãe fica triste quando você faz isso”. Converse também com o pessoal da escola para que todos ajam em conjunto para tentar modificar a atitude da criança.

Licença Creative Commons
O trabalho Morder, empurrar, bater arranhar: quando devo me preocupar de Desirée dos Reis Sergente está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.
Baseado no trabalho disponível em http://desireesergente.blogspot.com.br/2015/02/morder-empurrar-bater-arranhar-quando.html.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Neuropsicologia e Educação: a importância da interação entre os saberes

Via de regra os educadores compreendem os processos da aprendizagem, porém muito raramente conhecem os caminhos cerebrais por onde passam esses processos.
Se eu perguntar a um educador o que significa aprender, poderei obter variadas repostas. Porém, do ponto de vista neurobiológico, a aprendizagem resume-se a aquisição de novos comportamentos e novas habilidades e isso se dá por meio de processamentos neurais.
Dessa forma, entender de que maneira isso se processa no sistema nervoso torna-se importantíssimo para melhorar o processo de ensino-aprendizagem e também para otimizar seu tempo em sala de aula.
Além disso, é preciso compreender que aprender ou não, depende de uma série de fatores biológicos, fisiológicos, psicológicos, etc e que se alguma coisa nessa estrutura não funciona, o processo de aprendizagem será prejudicado.
É preciso ainda prestar atenção ao fato de que não aprender é diferente de ter um bom ou mau desempenho escolar. Uma criança pode apresentar um mau desempenho escolar mas fora da escola conseguir assimilar todo tipo de informação. Por exemplo: a criança é capaz de decorar nomes de personagens de desenhos, interagir com tablets ou computadores, nomear as cores, mas é incapaz de assimilar o conteúdo passado pelo professor em sala de aula.
Por que?
Porque para que o indivíduo seja capaz de aprender, entre outros fatores, o ambiente em que ele está inserido deve ser favorável a essa aprendizagem. Podemos pensar num bom exemplo: se um aluno sofre bullying na escola, dificilmente seu desmpenho escolar será bom. E se esse aluno for transferido para outra escola, muito provavelmente terá uma melhora significativa nesse desempenho. Portanto, não são apenas os fatores internos (biológicos, físicos) que interferem na aprendizagem, mas também os fatores externos (ambiente escolar ou familiar).
Leonor Bezerra Guerra diz que “o sistema nervoso precisa estar direcionado à experiência. Se o professor não consegue chamar a atenção do aluno para que as redes neurais sejam ativadas, ele não vai memorizar e armazenar informações”. (Ultimo Segundo-Educação, 2014).
Para que ocorra a aprendizagem, é preciso que haja significação do conteúdo, para o aluno. Se o sistema nervoso não conseguir se interessar por aquilo que está sendo passado pelo professor, não assimilará o conteúdo e a aprendizagem não acontecerá. Nesse caso, o que acontecerá será somente a armazenagem de conteúdos na memória de curto prazo (ou memória de trabalho) mas não a fixação desses.
Isso é apenas uma pequena amostra do que as neurociências e a Neuropsicologia podem fazer pelo professor e, nesse contexto a Neuropsicologia é uma ciência que poderá auxiliar o professor a compreender melhor os processos neurobiológicos e psicológicos envolvidos na aprendizagem e, com isso, planejar suas aulas de forma a serem mais efetivas para o processo educacional, passando por novas formas de passar o conteúdo até chegar a novos processos de avaliação.

A Neuropsicologia poderá também auxiliar a tomada de decisões relacionadas a ajuste de horários das turmas, quantidade e qualidade das tarefas a serem realizadas dentro de cada disciplina, além, claro, de auxiliar o professor a detectar em seus alunos, possíveis transtornos, síndromes ou doenças que possam estar interferindo em seu desenvolvimento escolar.

Licença Creative Commons
O trabalho Neuropsicologia e Educação: a importância da interação entre os saberes de Desiree dos Reis Sergente está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.
Baseado no trabalho disponível em http://desireesergente.blogspot.com.br/2015/02/neuropsicologia-e-educacao-importancia.html.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

TDAH em adultos: principais características, diagnóstico e tratamento


Como já vimos em artigos anteriores, o TDAH é um transtorno neurobiológico localizado na região frontal do cérebro que acomete cerca de 5% das pessoas pelo mundo, principalmente crianças em idade escolar. Isso significa, segundo estudos, que o TDAH não depende de fatores educacionais ou psicológicos para existir, muito embora esses outros fatores também possam desencadear alguns sintomas parecidos com os do TDAH. Porém não se considerava, até um tempo atrás, a possibilidade de adultos também serem portadores do transtorno de déficit de atenção e hiperatividade.
Antigamente acreditava-se que com o crescimento e amadurecimento da criança, os sintomas do TDAH desapareceriam. Era como se a criança "criasse juízo", segundo o senso comum. Entretanto estudos recentes mostraram que 67% das crianças diagnosticadas como portadoras de TDAH tornam-se adultos TDAH.
Mas então, por que isso acontece e por que se pensou que o TDAH desapareceria naturamente após a adolescência?
O que sabemos é que durante a adolescência os sintomas de hiperatividade, agitação e impulsividade tendem a ir diminuindo, chegando muitas vezes a desaparecer na vida adulta, dando lugar aos sintomas de desatenção, falta de concentração, o que normalmente chamamos de "falta de foco". Alguns adultos ainda mantém os sintomas de impulsividade, mas o mais comum é que esses desapareçam na vida adulta.
Cada um de nós certamente poderá se lembrar de pelo menos um amigo, parente, vizinho, conhecido "sem foco". Geralmente é aquela pessoa que vive se atrasando, que não consegue pagar as contas em dia mesmo tendo dinheiro, que tem dificuldades para arrumar emprego ou em se manter nele, que não fica muito tempo num relacionamento amoroso, que não consegue levar um trabalho ou projeto até o fim e logo começa outro, que tem sua mesa de trabalho bagunçada, cujo dia poderia ter 72 horas e ainda assim não conseguiria terminar todas as suas atividades... enfim, são muitas as características do adulto portador de TDAH e se fizermos uma análise de sua infância, provavelmente descobriremos que ele foi uma criança portadora de TDAH não diagnosticada ou não tratada corretamente.

Diagnóstico
O diagnóstico do TDAH adulto se faz da mesma forma que o da criança: por meio de análise de comportamento do indivíduo em seu dia a dia, avaliando sua atenção, sua concentração e também estudando seu comportamento durante a infância, visando colher dados que possam corroborar o diagnóstico adulto. É preciso que os sintomas ocorram em vários ambientes diferentes e que sejam recorrentes a mais de seis meses.
Segundo a ABDA - Associação Brasileira de Déficit de Atenção, alguns sintomas são encontrados mais frequentemente e com maior intensidade em adultos com TDAH:

1.Instabilidade profissional

2.Rendimento abaixo da capacidade intelectual

3.Falta de foco e atenção

4.Dificuldade de seguir rotinas

5.Tédio

6.Maior incidência de divórcios e separações conjugais

7.Maior incidência de acidentes de transito

8.Dificuldade de planejamento e execução das tarefas propostas

9.Maior índice de desemprego

10.Procrastinação

11.Ansiedade diante das tarefas não estimulantes

12.Maior índice de desistência em Universidades / evasão escolar

13.Dificuldades nos relacionamentos; relacionamentos instáveis

14.Frequente alteração de humor

15.Frequentes esquecimentos, perdas e descuidos para datas e reuniões importantes

16.Dificuldades para expressar suas ideias, colocar em prática o que está pensando/em sua cabeça

17.Dificuldade para escutar e esperar a sua vez de falar

18.Frequente busca por novas coisas que o estimulem; intolerância a situações monótonas e repetitivas

19.Repetição frequente de erros, frequente falta de atenção com coisas simples

Tratamento
O tratamento do TDAH pode ser feito de várias maneiras e somente os profissionais envolvidos no caso poderão decidir quais os melhores caminhos a serem seguidos. Muitas pessoas necessitam tomar alguma medicação para estimular a memória, a concentração e dminuir os sintomas da agitação e impulsividade, porém é desejável que além da medicação, o adulto portador de TDAH também seja acompanhado por um psicólogo ou neuropsicólogo para realizar exercícios e treinamentos que estimulem a atenção e a concentração, além de técnicas e meios de se organizar melhor em seu dia a dia, pois quanto mais o cérebro é estimulado em determinada área, mais será capaz de desenvolver as habilidades referentes a ela. Portanto, quanto mais o portador de TDAH treinar a concentração, a atenção, mais ele será capaz de se organizar e ter uma vida normal.

Importante
Existem muitos questionários e testes que você encontra na internet que podem lhe dar pistas a respeito de sinais de TDAH porém o diagnóstico sério, verdadeiro e correto só poderá ser feito por especialistas como psicólogos, neuropsicólogos, neurologistas, psiquiatras, por meio de avaliação criteriosa de cada caso. Portanto, a simples existência de algumas das características do TDAH não faz de você um portador que necessite de tratamento, pois várias outras situações podem causar sintomas semelhantes. Caso você identifique em você ou em alguém, alguns dos sintomas ditos neste artigo que estejam prejudicando a convivência, o trabalho ou a vida da pessoade um modo geral, na dúvida, procure um profissional.


Licença Creative Commons
O trabalho TDAH em adultos: principais características, diagnóstico e tratamento de Desirée dos Reis Sergente está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 4.0 Internacional.